Trânsito

Mais de 6 mil acidentes fatais em Alagoas foram indenizados pelo DPVAT

Dados são dos últimos dez anos e ainda podem aumentar

Por 7Segundos, com assessoria 22/11/2019 07h07
Mais de 6 mil acidentes fatais em Alagoas foram indenizados pelo DPVAT
Segundo dados da Seguradora Líder, 6.702 acidentes fatais foram indenizados em AL - Foto: Agência Brasil

Mais de 6.700 acidentes fatais que ocorreram em Alagoas nos últimos dez anos foram indenizados pelo seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre).

Os dados foram repassados pela Seguradora Líder. De acordo com levantamento, mais de 391 mil acidentes fatais ocorreram no país e foram indenizados pelo seguro obrigatório na última década.

O número ainda pode aumentar porque a indenização pode ser solicitada até três anos após o acidente. Mesmo com extinção do DPVAT, os acidentes ocorridos até 31 de dezembro de 2019 continuam cobertos pelo seguro.

No início do mês, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória que extingue o DPVAT. O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, chamou atenção para importância do seguro em um cenário em que milhares perdem a vida todos os anos.

“O cenário continua mostrando a importância de investir em educação para a prevenção de acidentes, na formação de condutores e reforço da fiscalização em todos os estados do Brasil. Também é fundamental que haja mecanismos de proteção para as vítimas de acidentes, como o Seguro DPVAT, que tem caráter social e dá apoio às vítimas e seus familiares em um momento tão difícil”, explicou.

Em Alagoas, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) também se posicionou contrário a decisão. O chefe de Segurança no Trânsito do Detran AL, Renan Silva, explicou que o seguro compensa, minimamente, impactos gerados por andar de carro ou moto, destinando recursos para vítimas de acidentes, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Denatran.

“Pode gerar um rombo na saúde pública. A pessoa pode ter o melhor plano de saúde de Alagoas, mas, quando sofrer uma lesão grave, vai parar no Hospital Geral do Estado (HGE) ou no Hospital de Emergência de Arapiraca porque só eles são especializados nisso. Além das consequências sociais, existem as econômicas”, disse.