Política

Novo presidente da Fundação Palmares nega racismo e ataca negros famosos

As repercussões negativas por conta da indicação de Camargo como presidente da Fundação Palmares já começaram

Por 7Segundos 28/11/2019 09h09
Novo presidente da Fundação Palmares nega racismo e ataca negros famosos
Novo presidente da Fundação Palmares nega existência de racismo - Foto: Reprodução

Sérgio Camargo foi nomeado hoje como novo presidente da Fundação Palmares, o órgão responsável por promover a cultura afro-brasileira.

Camargo, que substitui Vanderlei Lourenço no cargo, é um conhecido militante da direita bolsonarista e nega a existência do racismo no Brasil.

Em sua conta no Facebook, ele afirma ter estudado jornalismo na PUC, mas não existem outras informações sobre sua carreira profissional.

Em suas redes sociais, ele coleciona publicações onde ataca personalidades negras e membros do movimento negro e da militância antirracista. 

O militante de direita também se posiciona a favor de pautas criticadas pelo movimento negro, como o pacote anti-crime de Moro e o excludente de ilicitude.

As repercussões negativas por conta da indicação de Camargo como presidente da Fundação Palmares já começaram. O deputado David Miranda (PSOL - RJ) se posicionou contra a nomeação.

"A Fundação Palmares tem como objetivo fomentar a cultura afro-brasileira. Um órgão tão importante não pode ser presidido por alguém que ofende as lideranças negras brasileiras ou que relativiza a gravidade do racismo em nosso país", afirmou Miranda em uma publicação no Twitter.

"Cotas raciais para negros são mais do que um absurdo."

"O Dia da Consciência Negra "celebra" a escravização de mentes negras pela esquerda. Precisa ser abolido!"

"Marielle não era negra, ela era parda (mulata), mas autodeclarava-se negra por conveniência política, para reforçar o perfil de "vítima" e "oprimida", o que nunca foi. A vereadora assassinada do PSOL é um eloquente exemplo do que os negros, e por extensão os brasileiros, não devem ser!"

"A escravidão era um negócio lucrativo tanto para os africanos que escravizavam, quanto para os europeus que traficavam escravos. A diferença é que os europeus não escravizam mais. Já os africanos... No Brasil de hoje Zumbi seria um bandido."