Maceió

MPE pede anulação de eleição para conselheiros tutelares em Maceió

Compra de votos, distribuição de cestas básicas e vereador envolvido são alguns pontos verificados pelo órgão

Por 7Segundos com Assessoria 16/12/2019 18h06
MPE pede anulação de eleição para conselheiros tutelares em Maceió
Ministério Público de Alagoas - Foto: Reprodução/Internet

A eleição para conselheiros tutelares em Maceió continua gerando polêmica. Após a novela para que fosse realizada, discussões na Câmara e até uma recontagem de votos, nesta segunda-feira (16), o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) ajuizou uma ação civil pública pedindo a anulação.

O promotor Ubirajara Ramos solicitou que um novo processo eleitoral seja remarcado dentro de um prazo de 10 dias, alegando que pelo menos 20 irregularidades teriam acontecido.

Entre as denúncias graves está a compra de votos no dia da eleição por várias pessoas em benefício de candidatos, vários veículos particulares fizeram transporte de eleitores, conduta que é vedada por lei.

Um vereador aliciou eleitores para votarem em seu candidato, levando-os, pessoalmente, para as seções eleitorais, inclusive desrespeitando a ordem de chegada das demais pessoas na fila.

O pleito foi marcado também por distribuição de cestas básicas; ausência da assinatura de mesários em 307 votos da Região Administrativa I; publicação de duas listas de candidatos eleitos, com alteração nas quantidades dos votos de seis candidatos; urnas que chegaram aos locais de votação muito atrasadas, algumas rasgadas e outras com as tampas abertas e sem lacres; locais de votação em pavimento superior, sem acesso para eleitor deficiente físico; e falta de materiais básicos como almofadas para colher a digital dos eleitores analfabetos.

A posse dos novos conselheiros está marcada para o dia 10 de janeiro.