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Foguete e mísseis caem perto de zona de embaixadas no Iraque

Segundo informações locais, 3 civis do Iraque estão gravemente feridos

Por Exame 04/01/2020 17h05
Foguete e mísseis caem perto de zona de embaixadas no Iraque
Bagdá: zona de embaixada americana é atingida neste sábado por dois mísseis e um foguete - Foto: Reuters

Três foguetes atingiram neste sábado (4), áreas da cidade de Bagdá e da base militar de Al Balad, no norte do capital do Iraque, onde há presença de tropas dos Estados Unidos. A zona fortificada, conhecida como Zona Verde, abriga prédios do governo e missões estrangeiras.

Segundo informações locais, 3 civis do Iraque estão gravemente feridos. As Forças Armadas do Iraque afirmaram que não há mortos no local.

Autoridades oficiais ainda não se manifestaram sobre o ocorrido

Uma fonte do Ministério do Interior do Iraque disse à Agência Efe que o projétil que atingiu a Zona Verde era um foguete do tipo Katyusha. No entanto, também não há registro de danos materiais na região.

Por outro lado, um oficial da Polícia de Saladino informou que dois foguetes caíram no sul da base de Al Balad, atingindo um depósito de armas do Exército do Iraque. Os danos causados, segundo a fonte ouvida pela Efe, foram limitados.

O oficial, que pediu para não ser identificado, disse que os soldados americanos que trabalham na base entraram em “estado de alerta”. Drones foram colocados no ar pouco depois do ataque.

Al Balad é uma das maiores bases do Iraque e recebe assessores militares da coalizão internacional liderada pelos EUA para combater grupos terroristas que atuam na região, como o Estado Islâmico.

Escalada do conflito EUA-Irã

Mais cedo, a Otan anunciou a suspensão das atividades militares que realizava no Iraque desde outubro de 2018.

Neste sábado também acontece o funeral do general iraniano Qassem Soleimani, morto por ordem de Donald Trump. O aiatolá do Irã declarou luto nacional de três dias após o assassinato.

A morte de Soleimani e de Abu Mahdi al Muhandis, vice-presidente das Forças de Mobilização Popular (PMF), foi uma resposta do governo de Donald Trump às ações de milícias xiitas apoiadas pelo Irã contra os interesses dos Estados Unidos na região e à invasão da embaixada americana em Bagdá há alguns dias.

Na tarde desta sexta (3), Trump afirmou que o ataque a Soleimani aconteceu “para parar uma guerra, não para iniciar uma”.

A Guarda Revolucionária do Irã, qual Soleimani fazia parte, afirmou que há “preparação para destruir Israel” — aliado mais próximo dos EUA no Oriente Médio e principal inimigo regional do Irã.