Justiça

TJAL empossa 115 militares da reserva para reforçar segurança com a Guarda Judiciária

Presidente Tutmés Airan explicou que a iniciativa buscou aproveitar mão de obra especializada e experiente sem retirar policiais da ativa das ruas

Por Dicom TJ 10/01/2020 17h05
TJAL empossa 115 militares da reserva para reforçar segurança com a Guarda Judiciária
Posse da guarda judiciária foi realizada nesta sexta-feira (10), no Pleno do TJAL. - Foto: Adeildo Lobo

Depois de cumprirem todas as etapas da seleção, 115 policiais e bombeiros da reserva da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) foram empossados pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, para reforçar a segurança de magistrados, servidores e jurisdicionados nas unidades judiciárias. Os militares atuarão em todas as comarcas, sendo 40 na capital e 75 no interior.

O presidente Tutmés Airan explicou que a ideia de contratar militares da reserva surgiu em discussões com o coronel Elias Oliveira, chefe da Assessoria Militar do TJAL, a fim de atender a uma reivindicação dos magistrados e garantir mais segurança. De acordo o desembargador, a iniciativa buscou aproveitar uma mão de obra especializada e experiente sem comprometer o efetivo da ativa da PM/AL.

“É importante que se chegou a essa solução sem prejudicar a sociedade, não precisou retirar policiais das ruas para suprir essa carência. Em face do efetivo pequeno da Polícia Militar, nós precisamos entender que há pessoas, localidades e situações que precisam mais de segurança do que a gente. Então, dentre outras coisas, essa guarda expressa esse olhar generoso, porque estamos dando a nossa contribuição. O policial que eventualmente estava no Fórum, vai sair do Fórum e vai fazer o trabalho para a comunidade, dentre outras coisas, nós estamos desafogando a polícia propriamente estatal”, explicou o desembargador.

O convênio com o Governo do Estado foi assinado em julho do ano passado, dando início ao processo seletivo e preparação para a contratação dos militares. O contrato é temporário com validade de dois anos, podendo ser renovado. O guarda judiciário trabalhará oito horas de segunda a sexta, chegando uma hora antes e saindo uma depois do expediente dos servidores e magistrados.

De acordo com o coronel Elias Oliveira, o Poder Judiciário no interior não tinha segurança com agentes próprios e a partir do convênio, todas as comarcas serão beneficiadas com a Guarda Judiciária. Em Maceió, terá ainda uma viatura com quatro guardas que farão ronda em todas as unidades judiciárias para reforçar a segurança já existente.

“Os magistrados terão segurança fardada, ostensivamente armada, que fará a segurança no horário de expediente forense. Não só o magistrado, mas aos servidores e aos jurisdicionados que por ali transitam. Objetivamente, nesse primeiro momento, a segurança é para o Fórum. Mas, por óbvio, se houver qualquer necessidade de segurança em algum momento, eles estarão prontos para intervir”, revelou o coronel.

Há sete anos na reserva, o 2º sargento da PM Humberto Guilherme estava animado para voltar a trabalhar na segurança pública. “A gente se sente valorizado, porque quando vamos para a reserva, não é que seja desprezado, mas ficamos muito ociosos. Trinta anos na ativa e passa para a reserva você quer uma ocupação e o tempo que você passou na ativa não esquece tão rápido. Chegou em um momento bom”, disse o guarda judiciário que trabalhará em Coruripe.

Entre as atividades que serão desenvolvidas estão o policiamento ostensivo de segurança externa e interna das unidades judiciárias, colaboração com a Assessoria Militar, fornecendo resultados de levantamentos técnicos de riscos das áreas e atividades pertinentes, para subsidiar a adoção de medidas de prevenção, e interagir com órgãos de segurança internos e externos, na execução de atividades comuns ou de interesse do Poder Judiciário.