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Imagens mostram confusão e bombas de gás lacrimogêneo em bloco de carnaval

Festa de abertura do carnaval de rua do Rio teve correria e confronto de guardas municipais na Praia de Copacabana na noite deste domingo (12)

Por G1 13/01/2020 07h07
Imagens mostram confusão e bombas de gás lacrimogêneo em bloco de carnaval
Bombas de gás lacrimogênio foram jogadas em meio a dispersão - Foto: Reprodução

O Bloco da Favorita terminou com confusão, correria e bombas de gás lacrimogêneo na noite deste domingo (12) na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio. A festa oficial de abertura do carnaval de rua da cidade atraiu 300 mil pessoas para shows de Preta Gil e Sandrá de Sá e para a eleição do Rei Momo.

Quando os foliões já estavam indo embora, houve tumulto e correria. Guardas municipais e policiais militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

Segundo relatos publicados em redes sociais, houve brigas e arrastão na areia após a apresentação do bloco.

A Guarda Municipal afirmou que, no momento da dispersão, uma equipe foi atacada por ambulantes que atiraram garrafas de vidro, pedras e outros objetos, quando os agentes tentavam liberar a rua.

"A equipe precisou usar equipamentos de menor potencial ofensivo para conter o tumulto nas proximidades do Hotel Copacabana Palace", informou a guarda.

Um guarda municipal ficou levemente ferido. Ao todo, 231 agentes participaram da operação especial de aberturas do carnaval no patrulhamento e nas ações de controle e fiscalização de trânsito.

Bloco chegou a ser proibido

O Bloco da Favorita começou a se apresentar às 15h30. O bloco chegou a ser alvo de ação da Justiça e até vetado pela polícia. Entre as atrações estavam Preta Gil e Sandra de Sá.

No dia 6 deste ano, a Secretaria estadual de Polícia Militar negou à organização do bloco a autorização para que o desfile parado ocorresse. A justificativa para o embargo da festa citava decreto do estado que exige que requerimentos para realizar eventos devem ser protocolados com, no mínimo, 70 dias de antecedência.

A proibição pela PM deixava em "maus lençóis" a Prefeitura do Rio, que no início do ano anunciou que o palco principal do réveillon da Praia de Copacabana não seria desmontado justamente para a realização do bloco. A divulgação, na época, foi feita pelo presidente da empresa de turismo (Riotur), Marcelo Alves.

Dois dias depois, a Polícia Militar informou que a Favorita havia cumprido as exigências e liberou a realização da festa, em frente ao Copacabana Palace. Mas esse não foi o único obstáculo que os organizadores tiveram para realizar o evento.

No dia 10, o Ministério Público estadual requereu à Justiça que suspendesse a apresentação afirmando que a festa não havia sido planejada com antecedência e poderia apresentar riscos à segurança da população. A ação foi protocolada pela Sociedade Amigos de Copacabana, que é contra o bloco.