Saúde

Cruzeiro com 6 mil passageiros é bloqueado por casos suspeitos de coronavírus

Mulher de 54 anos foi colocada em quarto isolado da embarcação juntamente com seu companheiro de viagem

Por G1 30/01/2020 10h10
Cruzeiro com 6 mil passageiros é bloqueado por casos suspeitos de coronavírus
Navio Costa Smeralda ancorado no porto italiano de Civitavecchia - Foto: Reprodução

Quase 7 mil pessoas estão retidas em um navio de cruzeiro bloqueado no porto italiano de Civitavecchia, perto de Roma, por pelo menos um caso suspeito de coronavírus a bordo, anunciaram as autoridades de saúde locais.

No caso do cruzeiro, uma porta-voz do centro de saúde de Civitavecchia explicou que a situação está sendo avaliada por médicos. "O ministério da Saúde nos alertou sobre possíveis casos e enviou três médicos a bordo para realizar os exames prévios", informou a porta-voz à AFP.

A empresa italiana Costa Cruzeiros, responsável pela viagem, confirmou que 6 mil passageiros estão a bordo e as demais pessoas são integrantes da tripulação.

A empresa de cruzeiros explicou em um comunicado que "ativou o protocolo para um caso suspeito relacionado a um hóspede de Macau atualmente a bordo do Costa Smeralda".

"A mulher, de 54 anos, foi colocada em um quarto isolado da enfermaria a bordo, juntamente com seu companheiro de viagem", informou a empresa.

O navio, de propriedade de uma das maiores empresas de cruzeiros do mundo, "veio de Palma de Mallorca e estava programado para realizar uma viagem de uma semana pelo Mediterrâneo", segundo a nota da empresa.

O casal voou para Milão de Hong Kong em 25 de janeiro, antes de embarcar no cruzeiro, informou a mídia italiana.

"É claro que estamos um pouco preocupados. Ninguém entra no barco, exceto os médicos. Essas férias correm o risco de acabar sendo um pesadelo", disse um dos passageiros.

A China informou nesta quinta-feira o pior número de mortos em um dia, 38, devido ao novo coronavírus, enquanto a preocupação global cresce com o aumento do contágio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que instou o "mundo inteiro a agir", se reunirá nesta quinta-feira para determinar se a epidemia constitui uma emergência internacional de saúde.