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Regina Duarte enfrentará limitações e precariedade em Secretaria

Quase "ex-Globo", a atriz tem trabalho difícil pela frente

Por RD1 02/02/2020 13h01
Regina Duarte enfrentará limitações e precariedade em Secretaria
Regina Duarte - Foto: Reprodução

Regina Duarte assumiu de vez o casamento com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e a partir de agora estará debruçada em uma pilha de problemas, desde o orçamento limitado até a precariedade em que se encontra a Secretaria Especial de Cultura.

Criada por Bolsonaro no lugar do extinto Ministério da Cultura, a pasta perdeu credibilidade entre a classe artística e se vê ao redor de pessoas que desconhecem os problemas que o tema enfrenta no país.

De acordo com as informações do jornal Folha de S. Paulo, os poucos nomes gabaritados dentro da secretaria foram exonerados antes mesmo da chegada de Regina.

No mesmo dia em que ela foi até Brasília para conhecer o seu novo local de trabalho, o presidente exonerou o secretário-adjunto da Secretaria Especial de Cultura, João Paulo Soares Martins, e a chefe de gabinete, Ângela Inácio.

A dupla estava no Ministério da Cultura até 2018, quando o governo anunciou a sua extinção. O MinC foi criado em 1985 e durou 33 anos, com duas rápidas extinções no período.

Com a saída de João Paulo e Ângela, ficou a cargo dos secretários e ministros de Bolsonaro a explicação, via PowerPoint, sobre o caminho pouco percorrido da Cultura no atual governo.

Na conversa com a atriz, o chefe do Executivo deixou claro seus “valores”, como por exemplo a ideia de quem tiver o desejo de lançar um “filme gay”, que faça, mas sem dinheiro público.

Enquanto esteve “noiva”, Regina Daurte conheceu o secretariado da Cultura, indicado a dedo por Geralda Gonçalves, a Geigê, esposa de um americano que ajudou o financeiro da campanha bolsonarista.

Ainda de acordo com a reportagem, a ex-Globo terá nas mãos R$ 27 milhões como recurso a ser investido de forma direta pelo governo.

Ela ainda terá de se entender com as questões legais das leis de incentivo fiscal, compor um novo secretariado e formar uma equipe capaz de ajudá-la no que muitos consideram um “desafio” e trabalhar com o orçamento abaixo do esperado.