Violência

Quarentena em AL: isolamento aumenta violência doméstica

Medo denunciar se soma ao receio de sair de casa por conta da pandemia

Por 7Segundos com W 25/03/2020 07h07
Quarentena em AL: isolamento aumenta violência doméstica
Com isolamento doméstico, violência contra mulher deve crescer - Foto: Gabriel Lain/ NSC Comunicação

Ativistas de direitos humanos registraram um amento no número de denúncias de agressões contra mulheres no período de quarentena na China. A ONU Mulheres já constatou que, em momentos de emergência, os riscos são maiores por causa das tensões que podem ocorrer em casa.

Em Alagoas, os comércios, restaurantes, shoppings e empresas estão fechados desde as primeiras horas do último sábado. As pessoas continuam em casa, mas a orientação é que as mulheres e meninas não deixem de procurar ajuda.

Para superintendente de Políticas para as Mulheres da Secretária de Estado da Mulher e Direitos Humanos (Semudh), Dilma Pinheiro, os vizinhos e a sociedade podem ter um papel fundamental, já que elas estão com medo de sair de casa e podem não conseguir ligar.

Ela também reforça que os serviços essenciais não estão parados, como Saúde, Polícia Militar e Polícia Civil. “Elas podem procurar uma Delegacia da Mulher”.

Dilma Pinheiro explica que a orientação de não procurar serviços de saúde em casos simples não se aplica a casos de violência sexual e agressões físicas. A Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS) está pronta para receber as vítimas no Hospital da Mulher, em Maceió.

“Apesar de estarmos ausentes fisicamente na secretaria, os serviços estão em andamento. A Patrulha Maria da Penha está em funcionamento para mulheres que estão em medidas protetivas; a Defensoria Pública, por meio do Núcleo de Defesa a Mulher, também funciona por teletralho, com orientações”, informou.

Nudem

O Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM), coordenado pela defensora pública, Daniela Times, também continua atendendo as mulheres em horário comercial por meio do telefone e WhatsApp: (82) 98833-2914 e do e-mail [email protected].

A própria defensora pública atende e conversa com as vitimas, prestando orientações sobre os direitos das vítimas durante o divórcio, guarda dos filhos, pedidos de medidas restritiva junto a Justiça e outras providências.

Em entrevista ao 7Segundos, Daniela Times explicou que as mulheres podem mandar áudios e imagens. “Porém, no momento de urgência, é preciso chamar a polícia, o 190”.

Números

190 – Polícia Militar

180 – Disque Denúncia

(82) 98833-2914 – Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM)