Saúde

UCI Pediátrica do Hospital Geral do Estado salva vidas há dois anos

Com seis leitos, a Unidade de Cuidados Intermediários do HGE tem auxiliado o tratamento de crianças

Por Agência Alagoas 03/04/2020 11h11
UCI Pediátrica do Hospital Geral do Estado salva vidas há dois anos
UCI Pediátrica do HGE conta com equipamentos necessários para atender com eficiência as crianças internadas - Foto: Neide Brandão

Com dois anos de funcionamento, completados no último dia 19 de março, a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, é responsável por salvar a vida de várias crianças alagoanas. Entre elas está a pequena Isabele Vitória Lorantino, de 7 anos, que nasceu com Atrofia Muscular Espinhal (AME) e chegou à unidade hospitalar com pneumonia.

“Ela estava muito mal, ficou alguns dias na UTI e, depois, foi transferida para a UCI, onde permaneceu alguns dias internada. Vivemos momentos bem tumultuados com relação à saúde dela, mas, encontramos apoio e assistência qualificada no HGE, com os profissionais da área”, contou a mãe da criança, Andréa Lorantino.

A enfermeira Adriana Ferro, coordenadora de enfermagem da UCI e também da UTI do HGE, contou que a Atrofia Muscular Espinhal de Isabele Vitória é de grau 2 e consiste em um grupo de doenças neuromusculares, que resultam da perda dos neurônios motores e progressiva atrofia muscular.

“Alguns tipos são aparentes durante ou antes do nascimento, enquanto outros, só se tornam aparentes em idade adulta. Todos os tipos geralmente resultam em fraqueza muscular progressiva, associada a fasciculação (contração muscular pequena)”.

Os primeiros músculos a serem afetados são, geralmente, os dos braços, pernas ou da respiração. Entre outros problemas associados, estão dificuldade em engolir, escoliose e contraturas das articulações. O tratamento consiste em cuidados de apoio, como a fisioterapia, apoio nutritivo e ventilação mecânica nos casos em que é necessária.

“A abertura da UCI foi um marco para a assistência das crianças que necessitavam de cuidados prolongados, porém, não necessitavam mais dos cuidados intensivos de uma UTI, tomando muitas vezes os leitos de crianças críticas, que realmente necessitavam desse cuidado,” salientou a coordenadora de Enfermagem da UCI do HGE, Adriana Ferro.

Com seis leitos, a UCI do HGE tem auxiliado o tratamento de crianças com doenças que necessitam de acompanhamento semi-intensivo.

“Antigamente tínhamos apenas a UTI, entretanto, nem todas as crianças necessitavam dos cuidados específicos de uma UTI e nem apresentavam condições de saúde indicadas para ir para uma enfermaria. Um problema que resultava na ocupação de vagas, que podiam ser destinadas a outras crianças, mais graves. A UCI veio solucionar este problema”, destacou a médica intensivista Magna Duarte, responsável pelas duas áreas.

Paulo Teixeira, gerente do HGE, ressaltou o trabalho desenvolvido pelos profissionais da área semi-intensiva pediátrica. “Nossa UCI recebe o nome de uma paciente que viveu durante anos na UTI pediátrica, uma guerreira que hoje está em sua residência, Rafaela de Oliveira Barros. Ela é um símbolo de toda dedicação dos nossos profissionais. Assim como Rafaela e Isabele, tantos outros pacientes estão vivos porque os profissionais da área acreditaram e se dedicaram aos cuidados deles. Todas nossas homenagens a eles”, parabenizou o gestor.

Estrutura 

A UCI Pediátrica do HGE está localizada na Ala Pediátrica Irmã Dulce. Ela conta com banheiro, expurgo e posto de enfermagem, além da atuação de 18 técnicos de enfermagem, seis enfermeiros, oito médicos, dois fisioterapeutas e um fonoaudiólogo.

A área conta com todos os equipamentos necessários para o funcionamento, conforme os protocolos da Portaria nº 895 do Ministério da Saúde, expedida em 31 de março de 2017.

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