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Empresas de ônibus de Maceió poderão demitir até 30% dos funcionários

Segundo o Sinturb, empresas estão sofrendo graves problemas financeiros

Por Redação, com assessoria 05/05/2020 10h10
Empresas de ônibus de Maceió poderão demitir até 30% dos funcionários
Fila de ônibus na Avenida Fernandes Lima - Foto: Ricardo Alexandre/ 7Segundos

Com a redução de frota do transporte público orientada pela prefeitura de Maceió, devido à recomendação de isolamento social em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sinturb) confirmou, nesta terça-feira (05), que as empresas de ônibus da capital poderão reduzir em até 30% o quadro de funcionários.

Segundo o Sinturb, no primeiro mês de enfretamento do coronavírus e período de isolamento social foi registrado uma queda de passageiros de aproximadamente 75%, e as empresas estão sofrendo graves problemas financeiros. "Os custos do transporte são em maioria, custos fixos, em especial o custo com funcionários que representa cerca de 50% do total. Neste sentido, o Sinturb e as empresas sindicalizadas não desconsideram que a qualquer momento possa haver uma redução em torno de 20% a 30% dos postos de trabalho, para evitar um estrangulamento no sistema de transporte de passageiros da capital", informou em nota.

Desde o dia 21 de março, primeiro dia do decreto de isolamento social, as empresas registraram uma diminuição diária de aproximadamente 75% dos passageiros, o que equivale a uma perda de receita de meio milhão de reais por dia e um montante de 21 milhões a menos desde o início da pandemia. Infelizmente com o cenário que se desenvolve, as empresas não vão atingir receita suficiente para manter 100% do quadro atual, ficando obrigadas a estudar redução de funcionários.

Com essa queda na arrecadação, as empresas afirmam que para o serviço continuar funcionando, é necessária uma adequação nos postos de trabalho. Destacamos que no início do período de isolamento, acordos foram feitos com os rodoviários, mas como não há perspectiva de retorno normalidade, dado ao agudo risco de contaminação pelo novo coronavírus, é exigido que novas medidas sejam realizadas. As empresas temem que um colapso no setor de transportes urbanos ocorra se medidas urgentes não forem praticadas.