Economia

Fecomércio emite ofício contra lockdown em Alagoas

A entidade propôs medidas para não travar a economia do estado

Por 7Segundos 19/05/2020 16h04
Fecomércio emite ofício contra lockdown em Alagoas
Centro de Maceió - Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (19), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL) protocolou um ofício ao governador do estado Renan Filho, com propostas para a manter o funcionamento do setor produtivo alagoano durante a pandemia do covid-19. 

De acordo com o documento, a entidade está preocupada com os impactos da paralisação das atividades do comércio no estado, sendo assim, a instituição se posicionou de forma contrária ao lockdown e listou  algumas  medidas que poderiam ser adotadas para evitar o contágio sem afetar diretamente a economia 

Ainda de acordo com o documento, a entidade reforçou que segue deliberando e propondo uma série de medidas para contribuir com a política do estado e preservação da vida.  

"Não podemos deixar de nos posicionar acerca da possibilidade de completa paralisação das atividades empresariais, mormente as de comércio e serviços", diz o documento, assinado pelo presidente, Gilton Lima, ao destacar os impactos econômicos da paralisação parcial "que já tem sido duramente amargados pelo setor produtivo, que representa, em sua maioria, micro e pequenos empresários. Falar em paralisação total significa condená-las ao encerramento das suas atividades, o que terá por consequência uma grave onda de desemprego e desequilíbrio econômico", finalizou.

O documento ressalta dados da PNAD contínua trimestral, divulgados no dia 15 de maio, pelo IBGE, que destacavam a elevação do desemprego trimestral, e os números da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, que apontam mais de 7 milhões de contratos suspensos ou que tiveram redução da carga horária.

O ofício, propõe medidas que podem ser adotadas para manter o setor produtivo em funcionamento, mesmo que de forma parcial, como por exemplo: 

  • Determinar uma periodicidade de higiene das mãos (com água e sabão e/ou álcool 70%) aos funcionários a cada duas horas ou a cada contato com clientes ou outros funcionários, em especial, após utilização de maquinetas de cartão de crédito/débito;
  • Fornecimento de EPIs adequados para a atividade exercida. Caso a atividade não possua protocolo específico, fornecimento de máscara;
  • Instalação de barreiras de proteção física para contatos com cliente, em especial no momento dos pagamentos;
  • Proibição de compartilhamentos de itens de uso pessoal entre os colegas de trabalho, como EPIs, fones, aparelhos de telefone, e outros, fornecendo esses materiais para cada trabalhador;
  • Demarcação, com sinalização, da circulação interna, com fluxo determinado para a entrada e saída dos estabelecimentos;
  • Proibição da entrada e circulação de clientes sem máscaras dentro dos estabelecimentos;
  • Redução do fluxo e permanência de pessoas (clientes e colaboradores) dentro do estabelecimento para uma ocupação de 2m² por pessoa;
  • Organização para operação dos elevadores com apenas 1/3 da sua capacidade oficial, sendo designado, sempre que necessário, um colaborador para organizar a fila e controlar o fluxo de pessoas, com a manutenção de distância mínima de dois metros entre elas;
  • Disponibilização de lavatórios com dispensadores de sabonete líquido e papel toalha e/ou álcool em gel 70%, bem como nos banheiros;
  • Controle de higienização frequente, pelo menos antes e após o uso, dos fones e aparelhos de telefone, mesas, cadeiras, teclados, mouses, computadores, maçanetas, torneiras, corrimãos, botões de elevador, barras de apoio e todas as demais superfícies com álcool líquido a 70%;
  • Controle de higienização de pisos, balcões, bancadas e outras superfícies com desinfetantes a base de cloro;
  • Controle de higienização dos sanitários existentes, com a intensificação da frequência e com a obrigatoriedade de utilização de EPIs apropriados pelos funcionários responsáveis pela limpeza (luva de borracha, avental, calça comprida, sapato fechado)
  • Controle da higienização e desinfecção dos EPIs reutilizáveis utilizados pelos funcionários com água e sabão seguido de fricção com álcool a 70% por 20 segundos, instruindo e reforçando o correto uso dos mesmos (não tocar com as mãos enluvadas em maçanetas, telefones, botões de elevadores, etc);
  • Manutenção do ambiente com portas e janelas abertas e com ventilação adequada e natural, sempre que possível, evitando-se o uso do ar condicionado;
  • Proibição de utilização de bebedouros por colaboradores ou clientes;
  • Disponibilização de álcool em gel a 70% para os clientes higienizarem as mãos, antes e após tocar em máquinas de cartão de crédito, caixas eletrônicos de autoatendimento, entre outros equipamentos;
  • Prioridade de métodos eletrônicos de pagamento e disponibilização de barreiras de proteção física para caixas e afins;
  • Instrução dos funcionários para que mantenham cabelos presos e não utilizem nenhum tipo de joias, bijuterias, relógios ou adereços, para assegurar a correta higiene das mãos;
  • Instrução dos funcionários para que não retornem pra casa ou se dirijam ao trabalho vestindo o uniforme, se houver, e sempre troquem de roupa ao começar e ao terminar o trabalho.

Ainda no final do ofício, a instituição se colocou à disposição do governo para auxiliar na elaboração de protocolos específicos para cada segmento.