Maceió

Estudo sugere teste em massa na capital antes de flexibilização

Maceió estaria com mais de 85 mil casos que não foram oficialmente notificados

Por 7Segundos com UFAL 07/07/2020 17h05
Estudo sugere teste em massa na capital antes de flexibilização
UFAL participa de estudo mundial sobre a Covid-19 - Foto: Assessoria

Um estudo mundial está sendo realizado em Alagoas pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que sugere teste em massa na população antes da flexibilização medidas de enfrentamento da Covid-19, principalmente na capital.

Foram realizadas três etapas e última ocorreu entre os dias 21 e 24 de junho e coletou mais 250 testes e entrevistas em Maceió e 250 em Arapiraca.

Os dados apontam que a diferença entre o número de pessoas infectadas é seis vezes maior do o número de casos notificados. Da mesma forma, a taxa de mortalidade do estudo está próxima de 1%. O valor é 75% menor do que a notificação oficial, que chega a mais de 4%.

Os números oficiais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) notificaram neste início de semana na capital, 16.755 casos confirmados no total. Com o estudo da UFAL, o número real estaria em mais de 100 mil pessoas.

 “Acredito que seja o momento de uma testagem em massa, para que se tenham dados que retratem ainda mais a transmissão e como isso funciona entre os bairros, especialmente na capital. As medidas nos fazem refletir mais sobre a dinâmica da pandemia, visto o crescimento contínuo dos casos”, disse a professora do curso de Enfermagem, Karol Fireman.

É o mesmo pensamento compartilhado pela infectologista do Hospital Universitário, Raquel Guimarães, que vê com preocupação os números de Alagoas. “Devemos investir no rastreamento precoce dos casos, manutenção da quarentena em suspeitos e uso maciço de máscaras por toda a população. Pois o tempo de replicação viral é muito mais veloz do que o impacto das medidas que possamos tomar.

Eles apontam que nesse cenário, em que a taxa de transmissão parece ter melhorado na capital, é necessário incluir o controle de carros e ônibus do interior para a capital, funcionando como barreira sanitária.