Política

Fernando Collor critica plano econômico do governo Bolsonaro

Senador da República foi entrevistado do Programa Pânico

Por 7Segundos 23/07/2020 14h02
Fernando Collor critica plano econômico do governo Bolsonaro
Fernando Collor de Mello em entrevista ao Pânico na Jovem Pan - Foto: Reprodução/ YouTube

O ex-presidente da República e senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (Pros-AL), foi entrevistado no Programa Pânico na rádio Jovem Pan nesta quinta-feira (23).

Questionando sobre o plano econômico do governo do presidente Jair Bolsonaro, Fernando Collor falou sobre as ações do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“O programa ultraliberal do ministro da Economia não se adapta mais ao momento que estamos vivendo. O ajuste de contas não se concilia com a necessidade que o Estado brasileiro tem de fazer frente às enormes necessidades da população, que está sofrendo em função da pandemia”.

Fernando Collor também criticou a apresentação da Reforma Tributária por ter sido colocada de “forma fatiada”.

“Nós sabemos que ela não vai guardar coerência quando chegarem as outras partes. A tendência é de prejudicar o setor de serviços. É uma brutalidade aumentar de 3% para 12% a alíquota do setor de bens e serviços”.

“É importante analisar a capacidade do governo de aprovar esse programa, que ele julga ser o melhor para o país, no Congresso Nacional. Pode ser o melhor do mundo, mas, se não tiver viabilidade no Congresso, ele deixa de existir”, afirmou.

Collor disse que a Reforma Política, que ainda não foi mencionada, é a mais importante.

“Nós precisamos de uma reforma que acabe com esse sistema de governo chamado presidencialismo de coalizão, que eu chamo de ‘carroça do sistema político brasileiro’. É o que faz com que o país viva crises mensais”.

Fernando Collor afirmou ainda que Jair Bolsonaro precisa governar para todos os brasileiros.

“Ele tem que pacificar a sociedade brasileira, que ainda está extremamente dividida com base no preconceito, na raiva, no desamor e fazendo com que famílias briguem por questões políticas”.