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DNA alienígena, bruxas e cloroquina, o que pensa médica elogiada por Trump após vídeo viral

Facebook e Twitter retiraram vídeo viral em que Stella Immanuel aparece

Por BBC News 30/07/2020 16h04
DNA alienígena, bruxas e cloroquina, o que pensa médica elogiada por Trump após vídeo viral
Stella Immanuel também é pastora cristã e fundadora de uma igreja em Houston - Foto: @stella_immanuel / BBC News Brasil

Stella Immanuel, médica no centro de um vídeo que viralizou nesta semana e depois foi retirado do Facebook e do Twitter, em que um grupo de médicos defende o uso de hidroxicloroquina como tratamento para covid-19, não é estranha às teorias da conspiração.

O Facebook e o Twitter retiraram o vídeo na terça-feira (28/7), uma live de cerca 45 minutos gravada nas escadarias em frente à Suprema Corte dos EUA em Washington, dizendo que viola suas políticas sobre desinformação — mas não antes de ser retuitado por Donald Trump e um de seus filhos.

O presidente dos Estados Unidos se defendeu, dizendo que considerou Immanuel, que nasceu nos Camarões e vive na cidade texana de Houston, "muito impressionante".

"Ela disse que teve um tremendo sucesso com centenas de pacientes diferentes, pensei que sua voz era uma voz importante, mas não sei nada sobre ela", disse ele na terça-feira (28).

No vídeo, juntamente com outros médicos de um grupo chamado America's Frontline Doctors (Médicos da Linha da Frente dos Estados Unidos, em tradução livre), Immanuel, que também é pastora cristã, disse que os americanos estavam negando uma cura potencial para a covid-19.

O vídeo foi publicado pela primeira vez pelo site de direita Breitbart, na segunda-feira (27), onde teve milhões de visualizações e centenas de milhares de compartilhamentos.

"Ninguém precisa ficar doente. Este vírus tem uma cura — é chamada hidroxicloroquina, tratei mais de 350 pacientes e não tive uma morte", disse Immanuel.

Apesar de alguns estudos iniciais terem aumentado esperanças de que o medicamento pudesse ser usado para curar o coronavírus, um estudo subsequente em larga escala mostrou que não é eficaz como tratamento.