Meio ambiente

Descarte de máscaras na pandemia pode virar problema ambiental

Quem anda por Maceió já as encontrou jogadas em via-pública

Por Marcos Filipe Sousa 06/08/2020 15h03
Descarte de máscaras na pandemia pode virar problema ambiental
Máscaras devem ser descartadas de forma responsável - Foto: 7Segundos

Com a pandemia do novo coronavírus surgiu um novo problema ambiental: as máscaras de proteção, sejam elas descartáveis ou de tecido, que invariavelmente terão um fim. Se descartadas de qualquer jeito, o impacto ambiental acaba sendo mais um dano da Covid-19.

A bióloga Ana Cecília Marques explicou que tudo começa a conscientização da população. “Na praça perto da minha casa já vi máscaras descartáveis e de tecido jogadas na rua. Esse não é um lixo comum e precisa ter o devido descarte”.

Ela lembra que o profissional da saúde é preparado para este tipo de situação, mas aos cidadãos em geral, não, e por isso, a tratam como um assessório. 

“Ninguém deve deixar as máscaras usadas no chão de um estacionamento ou no chão. Embora o vírus possa se tornar inativo após alguns dias, o EPI usado deve ser descartado adequadamente e o mais rápido possível, para mitigar o risco de infecção de pessoas envolvidas no gerenciamento de resíduos”, completou.

Ela explicou que máscaras confeccionadas de tecidos compostos por fibras sintéticas, como o poliéster, o tecido pode levar até 400 anos para se decompor. Já os tecidos compostos por fibras naturais, como o algodão, levam no máximo um ano.

A Anvisa recomenda deixar de molho por meia hora em água e sabão. Ou em uma solução diluída em 10% de água sanitária. 

Ainda não há um consenso sobre a vida útil e os médicos recomendam que é preciso observar se há desgaste na trama do tecido. Em média, estima que uma mesma máscara pode suportar até 30 lavagens.