Política

Em reunião com MP, Rodrigo Cunha volta a cobrar criação da delegacia anticorrupção em Alagoas

Caso o estado não crie a delegacia, deixará de receber R$ 1,6 milhão da União

Por Assessoria 10/08/2020 19h07 - Atualizado em 10/08/2020 19h07
Em reunião com MP, Rodrigo Cunha volta a cobrar criação da delegacia anticorrupção em Alagoas
Em reunião com MP, Rodrigo Cunha volta a cobrar criação da delegacia anticorrupção em AL - Foto: Assessoria

Em mais uma tentativa de viabilizar a criação da primeira delegacia anticorrupção de Alagoas, o Senador Rodrigo Cunha se reuniu nesta segunda-feira (10) com a promotora Karla Padilha, do Ministério Público de Alagoas.

Na reunião, da qual a deputada Tereza Nelma também participou, Rodrigo demonstrou o senso de urgência que se faz necessário à essa construção, já que na próxima sexta-feira vence o prazo para que Alagoas receba verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), do governo federal. Somente os estados equipados com estruturas específicas para combater o crime na administração pública receberão esses recursos. Caso Alagoas não tenha sucesso, deixará de receber R$ 1,6 milhão da União. O estado é um dos quatro no Brasil que ainda não têm uma delegacia anticorrupção.

Rodrigo Cunha vem pressionado o governo a criar por decreto a delegacia, e tem apontado a falta de apetite político para isso. Ele e Tereza Nelma já destinaram R$ 600 mil para a construção, que até agora não saiu do papel. Na reunião com a promotora, o Senador observou que durante a pandemia, é ainda mais necessário um aparato de investigação sobre os crimes de corrupção, já que há uma flexibilização nas compras públicas.

“Durante a pandemia é ainda mais importante termos uma equipe especializada no combate à corrupção, pois há uma flexibilização das comprar. Alagoas já foi vítima de fraude em compras durante a pandemia no caso dos respiradores. Cadê os respiradores? Cadê o dinheiro aplicado nessa compra?”, questionou Rodrigo Cunha.

A promotora citou que o Ministério Público está atuante para que Alagoas consiga cumprir o prazo e criar a nova delegacia. Na semana passada, o MP abriu um procedimento administrativo para acompanhar esse caso. “Às vezes acho que há uma resistência deliberada em se combater a corrupção”, avaliou a promotora.