Tecnologia

Alagoas tem dois projetos de Tecnologia aprovados em edital do programa Digital BR

Construção Alagoas em Rede e INOVALAGOAS se destacaram em seleção com ideias que promovem a transformação digital entre as indústrias do estado

Por Assessoria 28/08/2020 19h07
Alagoas tem dois projetos de Tecnologia aprovados em edital do programa Digital BR
Gerente de inovação e pesquisa da Fiea/AL, Eliana Sá - Foto: Assessoria

Dois projetos de Alagoas foram aprovados no edital do programa Digital BR, divulgado na última quinta-feira (27) pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O primeiro lugar da lista de propostas classificadas ficou com o projeto Construção Alagoas em Rede, cuja proposta é a viabilização de um espaço de marketplace destinado a empresas locais do setor da construção civil.

O outro projeto foi o INOVALAGOAS, do núcleo regional de Alagoas do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que ficou em 11º na lista de classificados. A elaboração do projeto também contou com a colaboração do Sebrae Alagoas. Além disso, dos 17 projetos selecionados, três são da Bahia, cinco são de Pernambuco, quatro são do Ceará, dois do Rio Grande do Norte e um do Maranhão.

No caso do Construção Alagoas em Rede, o projeto foi elaborado por meio de uma parceria entre a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea/AL), o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon/AL), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae em Alagoas), a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Gabinete de Governança (GGOV) da Prefeitura de Maceió.

Segundo a gerente de inovação e pesquisa da Fiea/AL, Eliana Sá, o projeto tem por objetivo gerar novas oportunidades de mercados para os negócios que atuam no segmento.

“Existe uma série de fornecedores para a cadeia da construção civil, de prestadores de serviços, mas eles não conseguem ser vistos pelos contratantes, seja pessoa física ou construtora. Então, a gente precisava ter uma solução para fazer com que essas pessoas fossem percebidas por quem demanda esses serviços”, afirma.

“A solução que a gente encontrou está numa plataforma que a gente está chamando de marketplace da construção, que tem a função de cadastrar empresas da cadeia da construção civil, tanto demandantes quanto ofertadores de serviços, e criar dentro dessa plataforma um sistema de pontuação e de referência para aqueles que vão prestar o serviço e, além disso, criar um sistema de avaliação dos contratantes dos serviços. A gente está ajudando as construtoras a contratar uma mão de obra, um produto, um serviço que efetivamente tenha qualidade”, acrescentou Eliane Sá.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Alagoas e também vice-presidente da Fiea/AL, José da Silva Nogueira, conhecido como Zezinho Nogueira, defende que o projeto irá contribuir com o desenvolvimento econômico e tecnológico da cadeia produtiva da construção civil no estado.

"Estamos vivendo um período de grandes desafios, agravados pela pandemia. Todos os setores foram afetados, indistintamente. A construção civil em Alagoas vem se preparando para poder superar esses desafios e somente juntos, em rede, com parceiros estratégicos, é que conseguiremos avançar para uma cadeia produtiva cada vez mais integrada pelas plataformas digitais, baseada em dados e com inteligência assistida pelo digital”, ressalta.

“Isso pode representar um enorme ganho de eficiência, de integração de processos, incluindo fornecedores e parceiros estratégicos do setor. Sem dúvidas, ao juntarmos nesta rede instituições públicas e privadas, o ecossistema de inovação, estamos dando um salto na direção de gerar sinergias, de otimizar nossos recursos e agregar diversas competências. Alagoas é um estado pequeno e só conseguirá inovar para superar seus desafios se estas forças convergirem. Esta é a virtude principal desta iniciativa”, complementa Zezinho Nogueira.

Para o analista Danisson Reis, da Unidade de Soluções e Inovações do Sebrae Alagoas, a articulação do ecossistema de inovação foi fundamental para que o estado pudesse alcançar essa posição de destaque no edital.

“O papel do ecossistema de inovação nesse trabalho foi essencial, pois ele foi o catalisador da possibilidade de alavancarmos esses projetos para Maceió e Alagoas, para que nós pudéssemos já estar engajados, unidos, articulados, pensando em um bem comum, que é o desenvolvimento econômico e o movimento do fluxo financeiro na nossa região”, coloca.

“Quando surgiu a ABDI e o edital, nós já estávamos articulados, entrosados e pensamos: vamos juntos, vamos entrar, vamos nos unir e vamos inscrever. Já tínhamos programas e ações que já estávamos pensando em executar e essa foi a oportunidade de materializá-los”, complementa o analista técnico.

Digital BR


O programa Digital BR é direcionado a empresas que estão sediadas nos municípios polo do Plano de Desenvolvimento Regional do Nordeste (PRDNE) e exige que os projetos submetidos sejam implementados por, pelo menos, três instituições de natureza pública ou privada, mobilizando os ecossistemas locais de inovação. Os projetos inscritos no edital estão inseridos em diversos segmentos econômicos, como indústria e comércio, serviços, agroindústria e construção civil.

A partir da divulgação da lista de projetos classificados, o edital prevê a fase de apresentação e análise de recursos e contrarrazões e a publicação do resultado final. O Digital BR será realizado em três fases: aperfeiçoamento dos projetos, momento em que as redes receberão suporte metodológico, mentorias e ferramentas de design, implementação do projeto piloto e escala do projeto.

Com a iniciativa, a ABDI está investindo R$ 14 milhões. Na segunda fase do programa (implementação do projeto piloto), o investimento será entre R$ 500 mil e R$ 1,5 milhão por projeto. Na terceira fase (escala do projeto), o programa vai destinar os mesmos valores da fase anterior, ou seja, dependendo do projeto, o aporte financeiro pode ser de até R$ 3 milhões.