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Caso Mariana Ferrer: grupos mulheres em Maceió convoca ato por justiça

Ato ocorrerá neste sábado (07), a partir das 14h

Por 7Segundos, com assessoria 05/11/2020 09h09 - Atualizado em 05/11/2020 09h09
Caso Mariana Ferrer: grupos mulheres em Maceió convoca ato por justiça
Mariana Ferrer - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Revoltadas com a absolvição de André Aranha, empresário acusado de ter estuprado Mariana Ferrer em uma boate de Florianópolis (SC) em 2018, mulheres da capital alagoana se programam para um ato no próximo sábado (07).

A concentração se dará a partir das 14h, em frente ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicada (Cepa), na Avenida Fernandes Lima, e segue até à Praça Centenário.

Na convocação, as organizadoras pedem aos participantes para vestirem roupas pretas ou lilás e levarem cartazes, além do uso de máscara de proteção facial, devido à pandemia.

O caso


Mariana Ferrer passou por audiência on-line de julgamento em setembro deste ano e, na última terça-feira (3), o vídeo onde aparece sendo humilhada pelo advogado de defesa de André Aranha, foi divulgado na internet.

Nas imagens, Mariana – que é a única mulher na audiência – chora e implora por respeito logo após o advogado do acusado, Cláudio Gastão da Rosa Filho, mostrar fotos da jovem, afirmando que ela teria posado em “posições ginecológicas” e acusando-a de utilizar o caso e de manipular a sua própria virgindade para promoção pessoal.

Ele ainda desqualifica Mariana, afirmando que não gostaria de ter uma filha do “nível” da jovem.

Foi nessa audiência que Mariana se tornou novamente vítima, não apenas das agressões do advogado, mas também da negligência da justiça brasileira, uma vez que o juiz Rudson Marcos concluiu, em sentença, que não havia provas suficientes para condenação. A absolvição de André Aranha representa um crime contra todas as mulheres.

Estatísticas


No ano em que ocorreu o crime contra Mariana, 2018, o Brasil registrou 66 mil casos de violência sexual, o que significa mais de 180 registros por dia. Os dados foram divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em setembro do ano passado.

Os números são alarmantes, mas podem ser ainda maiores, uma vez que, historicamente, esse tipo de violência tem baixo índice de denúncia já que as mulheres têm medo de retaliações por parte de seus agressores e falta de confiança nas instituições.

Petição on-line


Uma outra forma de apoiar a causa é assinar o abaixo-assinado que pede Justiça a Mariana no site de petições Change.org. A petição já conta com mais de 4 milhões de assinaturas e pode ser assinada pelo link: https://bit.ly/34ZiCcd.