Maceió

Alagoanos vão protestar contra morte no Carrefour e caso de Jonas neste domingo

Ato é organizado pela União da Juventude e Rebelião (UJR) e ocorre na Ponta Verde

Por 7Segundos, com Ascom 21/11/2020 15h03 - Atualizado em 21/11/2020 19h07
Alagoanos vão protestar contra morte no Carrefour e caso de Jonas neste domingo
Protesto que ocorreu em frente ao Carrefour no Rio de Janeiro - Foto: Twitter/Marcelo Adnet

Alagoanos vão protestar por justiça pela morte de João Alberto Freitas, que espancado e morto por seguranças do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra. A mobilização ocorreu neste domingo (22), no bairro da Ponte Verde, a partir das 15h.

O assassinato, que ocorreu no dia 19, já gerou uma série de protesto pelo Brasil. Em Maceió, o ato é organizado pela União da Juventude e Rebelião (UJR), que tomou a iniciativa de convocar a juventude, movimentos sociais e partidos de esquerda.

Com faixas e cartazes, os manifestantes pretendem chamar a atenção da população para o racismo estrutural e institucional. "O racismo está tão impregnado nas instituições sociais que muitas pessoas nem se dão conta de que as pessoas negras são discriminadas e, por vezes, agredidas, o tempo todo", alerta Peterson Couto, estudante e integrante da UJR.

Segundo os organizadores do ato, o assassinato do Beto não é um fato isolado. "Não faz muito tempo, um adolescente negro foi perseguido por seguranças do Unicompra, na Ponta Verde, acusado de furtar a própria bicicleta. Também temos o caso do Jonas Seixas, que foi levado por uma viatura da PM e está desaparecido", denuncia Andreza Gomes, estudante universitária.

Os estudantes que estão organizando o ato garantem que a manifestação será pacifico. "A violência não está em nós, mas na repressão policial e no racismo presente nas instituições. Nós, jovens negros e negras, só queremos viver numa sociedade sem discriminação e exploração", ressalta Wellington Rufino, estudante.

Os organizadores orientam as pessoas que vão participar do ato que usem máscara e levem álcool em gel. "Também vamos organizar o distanciamento entre os manifestantes. Queremos protestar contra a violência racista sem colocar a saúde das pessoas em risco", finaliza Peterson.