Política

Após eleições, disputa para comandar a AMA é o novo alvo de prefeitos

Eleição deverá ocorrer até o final do mês de janeiro de 2021

Por Berg Morais 25/11/2020 16h04 - Atualizado em 25/11/2020 16h04
Após eleições, disputa para comandar a AMA é o novo alvo de prefeitos
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) - Foto: Assessoria

Mal terminou o período eleitoral e já se inicia uma nova disputa nos bastidores entre os vitoriosos do último pleito. A presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) é o alvo dos principais grupos que disputam o poder político do Estado.

A presidência pode vir de uma indicação do governador Renan Filho, já que a maioria dos prefeitos eleitos são do MDB. Por outro lado, o deputado federal Arthur Lira também se articula de olho na presidência da AMA, pois o seu partido, o Progressistas, foi o segundo que elegeu maior número de gestores nas eleições municipais deste ano.

Os ex-presidentes, Marcelo Lima (MDB), de Quebrangulo, e Hugo Wanderley (MDB), de Cacimbinhas, largam na frente por terem a simpatia e maior aproximação com o governador. Já pelo Progressistas, o prefeito eleito de Coruripe, Marcelo Beltrão, também pode ser um forte candidato. Ele já presidiu a instituição por duas vezes, quando administrava o município de Feliz Deserto.

Nos bastidores, comenta-se que Marcelo Beltrão teria interesse na presidência da AMA como uma maneira de se consolidar como novo líder político da região Sul de Alagoas. Ele foi eleito com quase quatro mil votos de vantagem diante do seu primo e principal adversário político, Maykon Beltrão (MDB). Através da assessoria, Marcelo negou interesse em voltar a presidir a instituição.

A atual presidente da AMA, Pauline Pereira (MDB), compartilhou sua gestão com Hugo Wanderley. Ela era a vice-presidente da chapa e assumiu após a renúncia de Wanderley, conforme acordado na composição da chapa.

O prefeito reeleito de Palmeira dos Índios também estaria desejando ser alçado ao cargo de presidente da AMA, visando o fortalecimento do seu nome para uma eventual disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa Estadual (ALE). No entanto, a campanha eleitoral no município foi marcada por uma série de denúncias de corrupção e de assédio moral e sexual, e isso estaria sendo impedimento para composição de uma chapa por conta do desgaste diante de sua imagem na imprensa estadual.

Apesar de não pagar salário para os cargos de presidente e diretoria administrativa, a AMA possui um vultuoso orçamento, descontado mensalmente do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) dos 102 municípios filiados. Os valores são repassados de forma proporcional, de acordo com o porte do município. Ou seja, os valores repassados pela prefeitura de Maceió e Coité do Nóia, por exemplo, são diferentes.