Saúde

Por mais vacinas, Renan Filho e 14 governadores assinam carta pedindo ao Planalto boa relação internacional

Documento solicita que presidente da República amplie esforços no sentido de melhorar a relação institucional do Brasil com países produtores de insumos essenciais à produção nacional de imunizantes contra a Covid-19

Por Agência Alagoas 20/01/2021 16h04
Por mais vacinas, Renan Filho e 14 governadores assinam carta pedindo ao Planalto boa relação internacional
Por mais vacinas, Renan Filho e 14 governadores assinam carta pedindo ao Planalto boa relação internacional - Foto: Agência Alagoas

O governador de Alagoas, Renan Filho, afirmou nesta quarta-feira (20) que assinará carta aberta com outros 14 governadores de Estados brasileiros ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O documento, segundo ele, vai solicitar que o Palácio do Planalto amplie os esforços no sentido de melhorar a relação internacional do Brasil com países produtores de insumos essenciais à produção nacional de vacinas contra o novo coronavírus.

“Ao lado de outros governadores, estou assinando uma carta ao presidente da República para que dialogue com outros países de forma a garantir que o Brasil tenha os insumos necessários para a produção de vacinas. Esse é um momento de integração internacional, de união de esforços”, sustentou Renan Filho.

As relações entre o Brasil e países produtores de insumos e de princípios ativos essenciais à produção nacional de imunizantes contra a Covid-19, sobretudo a China, não são das melhores. Citando o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Renan Filho afirmou que o Brasil tem tecnologia para produzir as vacinas em larga escala, mas lhe falta matéria-prima.

O Butantan é o responsável pela produção da CoronaVac, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A vacina é a única distribuída até agora aos Estados brasileiros pelo Ministério da Saúde (MS), mas em quantidade mínima. O Instituto enfrenta dificuldades para aquisição de matéria-prima da China para dar continuidade à produção.

Já a Fiocruz – que desenvolve a vacina Oxford/AstraZeneca – informou, na terça-feira (19), que a entrega do imunizante contra a Covid-19 vai atrasar de fevereiro para março. Isso porque não recebeu um dos insumos para a fabricação: o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), de responsabilidade da AstraZeneca, também procedente da China.

“A Fiocruz só vai iniciar a produção em 60 dias, próximo do mês de março. Então só temos, em curto prazo, o Butantan e o insumo do Butantan vem da China. Por isso, nós precisamos ter uma (boa) relação institucional com a China. Os governadores estão alertando ao país e solicitando ao presidente que tenha um gesto de melhora do ambiente da relação internacional para que o Brasil não corra o risco de ficar sem vacina”, concluiu.