Cultura

Em espera pelo decreto, Arte Pajuçara persiste diante da pandemia

Com locais de maior índice de contaminação pela Covid-19 abertos, salas de cinema deixam de ser prioridade

Por 7Segundos 10/02/2021 16h04 - Atualizado em 10/02/2021 16h04
Em espera pelo decreto, Arte Pajuçara persiste diante da pandemia
Centro Cultural Arte Pajuçara - Foto: Divulgação

A direção do Centro Cultural Arte Pajuçara, localizado na Avenida Dr. Antônio Gouveia, em Maceió, continua aguardando a liberação das salas de cinema, previstas para serem lançadas nos decretos municipais e governamentais, ainda durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o coordenador do espaço, Marcos Sampaio, os funcionários do estabelecimento já vem se preparando para a possível reabertura das salas de cinema, mesmo sem haver previsão por parte do Governo do Estado em permitir seu uso.

“Estamos nos preparando para a reabertura. Queremos oferecer mais conforto e qualidade para o nosso público. Já houve sinalização por parte tanto da prefeitura, quanto do governo estadual, mas acredito que o aumento de casos da Covid19 tenha impedido a liberação”, disse Sampaio

Questionado sobre a possibilidade do Centro Cultural fechar as portas em decorrência da paralisação das atividades, o gestor alega não correr riscos, em virtude de recursos adquiridos através da Lei Aldir Blanc para equipamentos culturais e com o apoio de editais lançados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Marcos Sampaio, Coordenador do Arte pajuçara


“Conseguimos recursos da Lei Aldir Blanc para equipamentos culturais. Participamos do edital da ANCINE e fomos selecionado. Com isso estamos mantendo o Centro Cultural Arte Pajuçara”, confirmou.

Apesar de estar aguardando a retomada das atividades, Marcos compreende a atual situação da pandemia e reforça a opinião de que manter o isolamento social seria a melhor opção, contudo o coordenador chama a atenção para a baixa probabilidade de contágio nas salas de cinema.

“O momento é difícil por conta do aumento dos casos de Covid19. O ideal seria aumentar o isolamento. Mas com a autorização para bares, restaurantes, praias lotadas, não se justifica os cinemas fechados. Aliás, é comprovado que o risco de contaminação nos cinemas é 20 vezes menor que em bares”, garantiu Marcos Sampaio.

Reabertura


Apesar de não haver nenhuma data prevista para a liberação do uso das salas de cinema, conforme os protocolos sanitários propostos nos decretos, o Centro Cultural Arte Pajuçara já tem alguns planos para o tão esperado dia.

Segundo Marcos Sampaio, a expectativa para o retorno das atividades é a de realizar o festival Varilux de cinema francês, caso o decreto seja lançado até Março deste ano.

Há também a possibilidade da casa ofertar um festival de lançamentos com todos os filmes não exibidos por conta da pandemia da Covid-19.

Apesar da grande expectativa e dos sentimentos de animosidade, a coordenação do Centro Cultural mantém um olhar crítico sobre a demora na liberação das atividades. Para Marcos Sampaio, houve uma falta de iniciativa por parte dos governantes em definir as melhores medidas de distanciamento social para locais com baixo índice de contágio.

“Minha crítica é mais no sentido das medidas que deveriam ter sido feitas para evitar aglomerações. Faltou desde o início uma liderança nacional, que coordenasse todo processo. É só observar o que ocorre com a vacinação. Poderíamos estar mais adiantados e isso facilitaria a abertura gradual do comércio e serviços. Agora o que não entendo são os critérios que permite locais com maior índice de contaminação estarem abertos e os cinemas não”, finalizou.