Segurança

Morte de policial civil gera atrito entre forças de segurança no Estado

Sindpol faz acusações sobre o ocorrido e do outro lado ACS pede imparcialidade na investigação

Por 7Segundos 15/02/2021 14h02
Morte de policial civil gera atrito entre forças de segurança no Estado
Jorge Vicente Ferreira Júnior - Foto: Divulgação

Após declarações do Sindicato dos Policiais Civil de Alagoas (Sindpol-AL) na semana passada sobre a morte do agente Jorge Vicente Ferreira Júnior, foi a vez da Associação de Cabos e Soldados (ACS) se manifestar contra o posicionamento da outra entidade.

Segundo a ACS, as declarações do presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, renderam manifestações de repúdio por parte de integrantes da Polícia Militar de Alagoas.

O presidente da entidade, Cabo Willian Cardoso, reforçou os detalhes sobre o corrido. “Por ocasião do atendimento à ocorrência, os policiais militares estavam desempenhando suas funções ostensivas de policiamento, ou seja, eles exerciam as funções para as quais estavam designados. Em virtude da conduta ilícita do policial civil, que chegou a disparar sua arma de fogo contra as guarnições militares, houve a necessidade de pronta intervenção dos policiais militares, culminando com a neutralização do risco”, assegurou o militar.

Ele ainda repudia as prisões dos policiais militares e exige que haja uma apuração isenta e imparcial.

Do outro lado, o Sindpol colocou que a decretação da prisão temporária de seis policiais militares, envolvidos na morte do policial civil, é pouco. “Os culpados devem ser condenados e expulsos”, afirma o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário.

O presidente do Sindpol quer que a morte do policial civil chame a discussão no âmbito do Estado de Alagoas e dentro das categorias das forças de Segurança, que a política do Governo do Estado de bater nas pessoas, atirar primeiro e perguntar depois é uma política que faz centenas de vítimas inocentes. 

O sindicato ficará acompanhando o caso até o envio do inquérito policial à Justiça.

Jorge Vicente Ferreira Júnior foi morto durante um suposto confronto com militares no dia 17 de janeiro no bairro de Riacho Doce, em Maceió.

O crime chamou a atenção pelo fato de não ter sido registrado no boletim diário divulgado à imprensa. Além disso, Jorge foi morto com disparos no tórax, peito e na nuca.