Fatalidade

Menino morre após ser atendido por braço quebrado em hospital; mãe afirma que ele tomou 4 anestesias

Saimon Gabriel Freitas Neri da Costa, de seis anos, morreu no último sábado (20)

Por Istoé 25/02/2021 18h06
Menino morre após ser atendido por braço quebrado em hospital; mãe afirma que ele tomou 4 anestesias
Menino morre após ser atendido por braço quebrado em hospital; mãe afirma que ele tomou 4 anestesias - Foto: Reprodução/Web

Saimon Gabriel Freitas Neri da Costa, de seis anos, morreu no último sábado (20), em Manicoré, no Amazonas, após receber quatro anestesias para enfaixar um braço quebrado. A informação é da mãe do menino, Sandy Freitas, que chegou a acompanhar a aplicação das doses.

O menino deu entrada no hospital Dr. Hamilton Cidade na última quinta-feira (18), após sofrer um acidente de moto com o pai, que também ficou internado. Com a colisão, a criança fraturou o braço e foi levada à unidade hospitalar, mas no sábado ainda não tinha imobilizado o membro.

Conforme a reportagem  a mãe do garoto afirmou que o menino foi levado à sala do procedimento por volta de 21h30. “Eu tinha ido pegar água para o meu marido, quando vi que eles levavam o meu filho na maca. E aí ele gritou por mim: ‘Mamãe, mamãe!’. Eu pedi para ele se acalmar que era o procedimento para ajeitar o bracinho dele e que logo ele estaria de volta. Pedi para o médico deixar eu entrar na sala de procedimentos para acalmar meu filho e ele permitiu”, contou.

Na sequência, Sandy revelou que o médico aplicou três anestesias locais antes de enfaixar o menino. No entanto, ao ver que a criança continuava acordada e sentindo dor, teria aplicado uma quarta anestesia, geral. A mãe também disse que começou a prestar atenção nos sinais vitais da criança.

“Vi o pezinho dele ficar branco, branco. Depois toquei no coração dele, senti ficando fraco e quando eu falei para o médico, ele verificou que a boca dele estava ficando roxa e aí começou a fazer uma massagem para tentar reanimá-lo”, relembrou.

Em seguida, os médicos levaram o menino para outra sala do hospital onde ele foi intubado. A mãe afirmou que não pôde entrar na sala e que a notícia do falecimento só foi dada por volta de 22h30. Sandy espera justiça pelo filho.

“Meu filho era um menino alegre. Todo mundo o conhecia. Pode vir aqui e perguntar. As enfermeiras que o atenderam sempre o viam radiante, feliz, confiante que tudo ia dar certo”, desabafou. “Eu quero justiça pelo meu filho. Meu filho merece justiça”, protestou.

Sandy fez um boletim de ocorrência e pretende ingressar com uma ação na Justiça.