Economia

Associação Comercial de Maceió se posiciona sobre fase vermelha em Alagoas

Instituição apresentará aos governantes uma proposta de apoio e custeio públicos

Por 7Segundos com Assessoria 17/03/2021 19h07
Associação Comercial de Maceió se posiciona sobre fase vermelha em Alagoas
Associação Comercial de Maceió. - Foto: Google

Por meio de nota oficial, a Associação Comercial de Maceió (ACM) se posicionou sobre a mudança do estado para a Fase Vermelha do Plano de Distanciamento Social Controlado. Além disso, a instituição informou que apresentará aos governantes uma proposta de apoio e custeio públicos.

No documento, a ACM ainda ressalta que o setor produtivo tem feito a sua parte no combate à Covid-19, mas que “de nada adiantarão as restrições e alternâncias horárias, atos de fechamento de atividades, lockdown ou quaisquer outras medidas, se a população continuar se aglomerando e tratando com descaso esse contexto pandêmico”.

Confira o posicionamento na íntegra:

A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE MACEIÓ, considerando os termos do Decreto Estadual nº 73.650/2021 editado pelo Governo de Alagoas nesta terça-feira (16), vem a público manifestar o que segue:

1. A entidade persiste com seu trabalho técnico de acompanhamento dos índices de contágio do Covid-19, que corroboram os dados apresentados pelo Governo de Alagoas, inclusive aqueles que apontam 91% de taxa de ocupação dos leitos na capital e 85% no interior do estado;

2. A crescente verificada faz concluir, de fato, que as medidas adotadas pelos demais dois decretos anteriores não foram suficientes para conter o avanço do contágio, sendo um dos fatores relevantes para tanto a persistência do descumprimento das medidas do protocolo sanitário e de isolamento social por parte da população;

3. O cumprimento irrestrito pelo setor produtivo em geral, especialmente pelo comércio, quanto às medidas do protocolo sanitário, foi reconhecido e expressamente confirmado pelo Governo de Alagoas, o que, inclusive, ensejou a decisão de manter em funcionamento as atividades econômicas correlatas. O setor produtivo, portanto, tem contribuído e feito sua parte no combate ao Covid-19;

4. A ACM reconhece todos os esforços empreendidos pelo Governo Estadual no combate à pandemia, com destaque ao aumento de número de leitos de UTI, inauguração de novos hospitais em todo o Estado e demais expressivos investimentos aportados na rede de saúde. Inclusive vem acompanhando de perto o processo de reabertura de hospitais de campanha e a implementação de novos leitos (clínicos e de UTI);

5. Os estudos técnicos mostram que, sem as medidas expressivas que vêm sendo adotadas pelo Governo Estadual, o sistema de saúde pode ingressar em profundo colapso, a exemplo do que outros estados vêm enfrentando. Frise-se: a situação atual já é mais grave do que os piores momentos vivenciados no ano de 2020 e ainda pode piorar bastante;

6. De nada adiantarão as restrições e alternâncias horárias, atos de fechamento de atividades, lock down ou quaisquer outras medidas, se a população continuar se aglomerando e tratando com descaso esse contexto pandêmico;

7. O setor produtivo reafirma seu compromisso e responsabilidade social e continuará fazendo sua parte. A vida e a saúde das pessoas sempre virão em primeiro lugar;

8. Ainda assim, não poderíamos deixar de nos compadecer, igualmente, perante os inúmeros estabelecimentos que já fecharam suas portas e tantos outros que estão na iminência de encerrar suas atividades, gerando desemprego, queda de arrecadação e tantas outras consequências deletérias, a comprometerem a própria capacidade do Estado de cumprir seu papel na saúde, segurança pública e tantos outros setores e serviços não menos importantes;

9. É preciso que busquemos conter com eficácia e celeridade os índices de contágio, permitindo o avanço da vacinação e, com isso, alcançarmos a estabilidade na saúde, para, o mais rápido possível, também almejarmos o início de retomada da recuperação da economia.

A ACM, no momento oportuno, apresentará aos entes governamentais competentes sua proposta de apoio e custeio públicos, tendentes a assegurar um mínimo de sobrevida ao setor produtivo, em especial as empresas de micro, pequeno e médio portes, até a superação do período pandêmico, evitando-se a instalação de um caos socioeconômico em nosso Estado, suplicando à população alagoana que colabore mais do que nunca com o combate à pandemia, fazendo sua parte e cumprindo incondicionalmente as determinações governamentais.