Violência

Ataques deixam ao menos 20 mortos em Gaza durante Dia de Jerusalém

Segundo autoridades de saúde da região, nove crianças estão entre as vítimas.

Por Metrópoles 10/05/2021 20h08
Ataques deixam ao menos 20 mortos em Gaza durante Dia de Jerusalém
Até o momento, segundo informações do Vermelho Crescente (serviço de resgate da Autoridade Palestina), os conflitos deixaram um saldo de 305 árabes feridos. - Foto: Reprodução/Web

A tensão entre israelenses e palestinos já deixou ao menos 20 mortos. Ataques na Faixa de Gaza marcam o Dia de Jerusalém, celebrado nesta segunda-feira (10/5).

Segundo autoridades de saúde da região, nove crianças estão entre as vítimas. O número de mortos faz deste um dos dias mais sangrentos de luta em vários anos de conflito.

Pelo menos sete integrantes de uma mesma família, sendo três crianças, foram mortos em uma explosão no norte de Gaza, cujas origens são desconhecidas.

Até o momento, segundo informações do Vermelho Crescente (serviço de resgate da Autoridade Palestina), os conflitos deixaram um saldo de 305 árabes feridos.

Marcha da Bandeira

O motivo do aumento das tensões é a Marcha da Bandeira, evento no qual israelenses nacionalistas celebram o dia em que Israel capturou Jerusalém Oriental da Jordânia, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Este ano, o evento coincide com o Ramadã, que é o mês sagrado dos muçulmanos.

Durante a marcha, milhares de judeus entram na Cidade Velha de Jerusalém através do Portão de Damasco, dançando, cantando e segurando bandeiras de Israel, numa espécie de provocação aos árabes, ao insinuarem que a cidade é deles.

Tensão

O tenente-coronel israelense, Jonathan Conricus, disse que pelo menos seis dos 45 foguetes disparados de Gaza foram lançados em direção aos arredores de Jerusalém, onde uma casa foi atingida, sem deixar vítimas.

Em discurso, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que terroristas “cruzaram a linha vermelha” ao promoverem esses disparos e prometeu que o país “responderá com muita força”.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a pedido da Tunísia, deve se reunir ainda nesta segunda-feira para abordar a situação em Jerusalém.